Se tivéssemos um centavo para cada vez que alguém nos dissesse que seu principal objetivo é se inclinar para que possam ver seus abdominais, mas ganhar massa muscular e melhorar o desempenho ao mesmo tempo, estaríamos ricos. Bem, talvez não ricos, mas nossos bolsos definitivamente estariam cheios.
Então, a questão é; é possível atingir objetivos estéticos e de desempenho? qual a relação de nutrição e estética? E se tivermos que perseguir um objetivo, qual é a diferença na abordagem nutricional para comer para desempenho versus estética?
Em nossa experiência, pessoalmente e como treinadores de nutrição, é impossível andar por aí parecendo um fisiculturista e maximizar o desempenho ao mesmo tempo. Para chegar a um percentual de gordura corporal muito baixo, quase sempre temos que criar um déficit calórico, o que não ajudará na produção ou recuperação de energia e, por sua vez, no desempenho.
Se estivermos treinando para atingir o pico estético, eventualmente teremos que cortar calorias a um déficit extremo para obter os últimos pontos percentuais de gordura corporal. Vai contra a nossa biologia manter um baixo percentual de gordura corporal. Conseguir isso e mantê-lo por qualquer período de tempo enfrentará grande resistência de nosso cérebro e corpo. Passe bastante tempo em um déficit calórico e/ou com um percentual de gordura corporal muito baixo e nossos corpos começarão a desligar funções não essenciais. Nos moveremos menos em um esforço para economizar energia, o sono e a motivação começarão a diminuir e a recuperação será mais lenta – tudo isso afeta diretamente o desempenho. Como mencionado acima, nossos corpos vão lutar muito para retornar a uma porcentagem de gordura corporal saudável, tornando realmente difícil de sustentar. Por causa disso, a maioria dos fisiculturistas profissionais periodiza seu treinamento e nutrição e não estão “prontos para o palco” durante a maior parte do ano.
As principais diferenças na nutrição ao comer por estética versus desempenho geralmente se resumem à quantidade de comida. Além de comer mais alimentos ao buscar o desempenho, você costuma comer significativamente mais carboidratos o tempo todo para apoiar a produção de energia e a recuperação. Por outro lado, a maioria dos fisiculturistas faz uma ingestão muito baixa de carboidratos na parte final da preparação para o show, reintroduzindo-os bem no final em um esforço para atingir a plenitude muscular e a vascularização causada pela absorção repentina de glicogênio.